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Gestão financeira em tempos de crise
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Gestão financeira em tempos de crise

A pandemia causada pelo Coronavírus, causou um cenário crítico para as empresas, muitas estão tendo que lidar com uma brusca redução de clientes, o que implica diretamente na queda de receita.

De acordo com pesquisa divulgada pelo Sebrae, 89% dos pequenos negócios já enfrentam queda no faturamento, devido às medidas de isolamento no país. A crise não está afetando apenas as empresas de pequeno porte, relatórios divulgados pela XP investimentos, 59% das companhias relataram que sofreram um grande impacto financeiro.

Diante disso, surge a importância de aplicar os principais conceitos e as boas práticas de gestão financeira em tempos de crise. Mas, é importante salientar que não existem fórmulas mágicas, e sim, soluções estratégicas que podem ser traçadas de acordo com as particularidades do seu negócio.

Entenda o seu cenário

Entenda a situação que a sua empresa está inserida, se pergunte: Como essa crise financeira impacta a minha empresa, a curto, médio e longo prazo? Esse é o momento de entender com precisão os números da sua empresa.

Já que não sabemos até quando a crise irá se estender, é importante projetar diferentes cenários, assim o tempo de resposta da sua equipe será menor, mais assertivo e com menos impactos negativos.

As formas de consumo não param, elas apenas se reinventam 

É em momentos de crise, que novas oportunidades de mercado aparecerem. Por isso, é fundamental, que você estude as mudanças comportamentais de consumo do seu público, para compreender quais diferenciais competitivos você pode explorar e quais você precisará adaptar.

Mapeie os gastos necessários e desnecessários

É importante fazer uma análise antes de sair cortando gastos por ai! Muitas empresas caem no erro de eliminar as grandes despesas, como: insumos de produção e colaboradores, sem de fato entender o impacto que esses cortes terão dentro do negócio. Reveja os seus gastos e investimentos e entenda o retorno de cada um.

Uma alternativa é negociar! Em períodos como esse, fornecedores estão mais flexíveis a negociações para não perder as vendas, já que a crise abrange praticamente todos os segmentos. Se o fornecedor for irredutível com os preços e prazos, procure novas opções.

Lembre-se, este é o momento de priorizar o que é mais importante para manter seu negócio funcionando.

Fique de olho no seu fluxo de caixa

O fluxo de caixa é uma das principais ferramentas de controle financeiro da empresa, ele é como uma espécie de mapa, onde apresenta a previsão de entrada referente ao faturamento e receitas da empresa, manter o fluxo de caixa atualizado faz com que as decisões sejam mais assertivas, já que são baseadas em fatos e não em achismos.

Controle de contas a pagar

O controle de contas a pagar e receber pode parecer simples, porém, muitas empresas acabam fazendo de forma imprecisa e até mesmo não entendem a função de cada um dentro da gestão financeira. Então, vamos explicar brevemente os dois conceitos.

Contas a pagar, são todas as obrigações financeiras assumidas pela empresa, como aluguel, pagamento de funcionários e etc. Além de levar em consideração os custos fixos, deve prever uma margem de gastos para os custos variáveis. O controle contas a pagar permite que você:

  • Monitore todas as contas e seus prazos;
  • Separar as contas da empresa por: tipo de pagamento, fornecedor, títulos pagos e a pagar;
  • Programar os pagamentos, para evitar que ocorram atrasos;
  • Estabelecer prioridades;
  • Caso aconteça atrasos, negociar com os fornecedores.

Já as contas a receber, é o que está previsto de entrada no caixa, como as parcelas das vendas no cartão de crédito, juros de investimentos e etc. A partir do controle de contas, é possível identificar atrasos de pagamentos dos clientes e realizar as cobranças a fim de evitar a perda de tempo e prejudicar a saúde do seu caixa.

Trabalhar de forma paralela, permite que você tenha uma visão ampla e clara do seu negócio, se ele é sustentável, ou, se precisará recorrer a um empréstimo.

Controle de custos fixos e variáveis

Mesmo com esse cenário adverso, é essencial ter um controle eficaz dos custos fixos e variáveis, afinal, só assim você conseguirá entender de quanto a empresa precisa para manter suas atividades. Mas, você sabe a diferença entre os dois?

Os custos fixos, são aqueles que fazem parte da estrutura de negócio, que são recorrentes e não dependem do quanto é vendido, como: aluguel, salários e etc. Ao contrário dos custos fixos, os custos variáveis não são recorrentes, e estes estão diretamente ligados ao volume das vendas.

Esses dois conceitos são importantes, porque servem como base para diversas apurações e projeções. Com uma boa visão das despesas fixas e variáveis, é possível identificar com facilidade os pontos de oportunidades e redução. O que permite que você invista em ações, estratégias mais assertivas, que garantam a viabilidade e a saúde financeira do seu negócio.

Linhas especiais de crédito
Além de prorrogar o prazo de pagamento de tributos, o governo lançou o PRONAMPE, uma linha de crédito para ajudar micro e pequenas empresas, com recursos financeiros. Caso a sua empresa precisar recorrer a empréstimos, o PRONAMPE é uma ótima opção.

Lembre-se que a finalidade é salvar o seu negócio, não o endividar. Caso não haja necessidade, evite!

Invista em Marketing Digital

A crise causada pela pandemia do Coronavírus, acelerou uma tendência que já acontecia a muitos anos, a migração de negócios físicos para negócios digitais. Muitas empresas acabam cortando os custos relacionados a comunicação diante de uma crise econômica, acontece que nesse momento, os investimentos em Marketing, podem ser uma grande solução para a sua empresa vender mais, já que através de campanhas segmentadas, você consegue atingir diretamente o seu púbico e trazer mais visibilidade marca.

Pessoa física x pessoa jurídica
E por último, mas não menos importante… Não misture as finanças pessoais com as profissionais! Infelizmente muitos empreendedores ainda cometem nesse erro, mas isso pode levar a grandes complicações financeiras, até mesmo a falência do negócio.

Não pague contas pessoais com o dinheiro da empresa, estipule um valor fixo de retirada de capital, que seja compatível com a situação financeira da empresa. As movimentações do caixa devem ser unicamente das despesas e custos, o que é fundamental para o controle da contabilidade

Uma boa dica é utilizar contas separadas, já que é grande as chances de alguma conta paga ou recebida acabar se misturando com as pessoais, e com ela você consegue identificar com mais facilidade os lançamentos e não corre o risco de atraso por falta de receita.

Esses são alguns pontos essenciais para aplicar no seu negócio, porém, é importante frisar que: independente de existir ou não uma crise financeira, a gestão financeira deve ser instrumento utilizado continuamente pela empresa.

 

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